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SEPARADOS NÃO POR ACASO... - Conto

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        Os desencontros... a distância... o tempo... a saudade!... São meus e teus rivais Flormarinha; pensava alto, Ryener, falando para si mesmo sobre o desgosto de viver longe, de viver sem o seu grande amor. Como se estivesse frente a frente com sua amada, a que carinhosamente apelidou de Flormarinha, a junção de Flor Maria, seu nome, com minha; para não ter que dizer ao se referir a ela: Flor Maria minha, então amavelmente a chamava de Flormarinha.         Ambos, há muito dolorosamente, não por acaso se encontravam separados; impossibilitados de viver seu imenso amor e de se verem, adotaram o meio de comunicação já não mais usual, as correspondências ou cartas. Mas não como aquelas antigas cartas de amor; criaram para si uma maneira bem peculiar, para se corresponderem: cartas com apenas seus respectivos endereços e com conteúdos puramente poéticos; as respostas dadas um a outro, são sempre em forma de poesia, o que à distância melhor retrata e expressa tão grande amor.  E  partiu

PAI... - Poema

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Pai... Aquele que traz,  Do alimento Ao alento; Presente e sempre Atento. Pai... Aquele que faz O filho se sentir seguro, Mesmo quando tudo, Insegurança a si próprio traz. Pai... Aquele que zela, Que seja de forma singela, Noite e dia, Do filho, da filha E como heroi se revela. Pai... Um filho jamais cresce o suficiente, A ponto de dispensar Os seus cuidados; Ao inconsequente, Corrige, Porém, jamais o desampara Pelo que lhe é imputado. Pai... Ao que de ti se torna orfão, Falta-lhe o chão; E não é necessário ser criança, Tampouco um bebê, Pois todo filho, Precisa sempre de você.

ALÉM DO PERCEPTÍVEL - Poema

Na voz estranha soa, O amargor de uma pessoa. De um canto... O canto, Que da mesma voz ecoa. Triste... triste... Que de tão triste, Sombreia  E enfeia Seu semblante; Ainda que seja; Um ser cantante. Nítido embargo... Em sua canção. O espelho que a revela, Vela, Sua solidão! Mal do que tanto padece... Não só o seu coração! Na voz soa, No canto ecoa, No semblante Se percebe; Todavia o que fere, O coração é que sente!...  

QUANDO OS MEUS OLHOS CHORAM... - Poema

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Quando os meus olhos choram: Pode ser de tristeza; Pode ser de alegria; Pode ser de amargura; Ou até por ternura. Quando os meus olhos choram: Pode ser por uma dor... Por várias dores; Pode ser por um amor... Por vários amores. Quando os meus olhos choram: No meu rosto deixam um escrito, Exprimindo um grito, Por vezes aflito, Que emerge de mim. Quando os meus olhos choram: Aliviam-me a alma, Trazem-me calma; Quebrantam o meu ser, O que faz-me reviver. Quando os meus olhos choram: Trazem-me um alívio, Revelam-me também um vazio; E o meu pranto, Se faz tão necessário, Quanto, o meu canto!...   Cursos Online com Certificado - Cursos 24 Horas

TU, AMOR... - Poema

Brotas como fogo... Repentino e abrasador; Encantas e desencantas... Desprovido de qualquer pudor! Alegras, embriagas; Entristeces e embargas Qualquer voz; Com tua dor! Fazes sorrir, Tanto quanto chorar; Fazes querer partir, Tanto quanto ficar. Acalentas. Afugentas. Também alimentas, O melhor  E o pior, Que há em nós. Fazes sofrer; Querer morrer E dás motivo para viver. Tomas E domas Brutos E feras; Deveras  Dominas Quem quer  Que queiras. Pareces estar sempre à espreita, Para laçares tuas presas... Todavia, não és nenhum algoz; És apenas, o amor!

COISAS DO AMOR... - Poema

Adormecer aconchegados; Acordar com sorrisos nos lábios; Olhares apaixonados, Se sentir juntos, mesmo estando afastados. Coisas do amor!... Chamar de minha linda, de meu lindo, Quando o lindo, Se soubesse, se fosse um ser, humano... Espantado... estaria rindo! Coisas do amor!... Oferecer flores, dizendo: "trouxe flores para uma flor"; E até as flores, Quase que exclamam: isso que é amor! Coisas do amor!... Se para quem ama, o "feio lhe parece belo", O que diria o belo?... E o amor não é cego. Porém, aceita os defeitos. Agradeçamo-lo nós, os imperfeitos. Belo, lindo; não precisa ser, quem ama... O amor, já o é por si só. Coisas do amor!...

INDAGAÇÕES AO CONSCIENTE... - Reflexão

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Quantos amores se tem para perder?... Quantas dores se tem que sofrer?... Quanto de desilusão se tem que suportar?... Quantas frustrações se pode aguentar?... Quantos traumas é possível superar?... Quantas angústias se pode disfarçar?... Quanta dor se é capaz de padecer?... Qual o limite, para  sucumbir a tudo?... Ceder-se; seria um rompante, um absurdo? Diante de tudo... até quando, manter o equilíbrio mental? Ter controle emocional? Explodir; é apenas sinal de desequilíbrio; ou ser vencido, por tanta pressão?... É racional? É conveniente? É justo com si próprio, tamanhas imposições? Não seria mais que privação de liberdade; não seria se privar de simplesmente viver? Ou, não seria um certo estado vegetativo?  Viver, sem se sentir vivo!... Submeter-se a tal condição; seria como negar ao cadáver de um ente, o direito de voltar ao pó. Seria como um estranho ato possessivo, de manter o que visível e inevitavelmente se deteriora. Não seria desistir de si mesmo? Se doar assim, a quem ou a q

MÃE - Poema

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Mãe... Palavras não são suficientes... Para te definir; Pois és mais que um presente!... Mãe; és para sempre! És eterna; mais que uma gravura... És amor; És ternura. Mãe... És para o filho aconchego, Nos momentos de desassossego. És força E flexibilidade; Adverte... Sem perder a amabilidade. És dos filhos, a alegria; De todos os dias. És a base, a raiz, Só por existir; faz um filho feliz. És sinônimo de resiliência; De paciência. Amas com tanto fervor; Sofres e suportas tanta dor E às vezes, por puro amor! Mãe... O que dizer de ti?... O que dizer para ti?... Por mais que se tenha o dom da escrita... Vale as frases tantas vezes repetidas: Eu te amo! Eu te orgulho! Muito obrigada!

PENSANDO SOBRE A VIDA - Reflexão

Os anos passam; assim como as alegrias e também as tristezas. Os anos passam e deixam seus rastros. As alegrias... essas, deixam lembranças, boas lembranças. As tristezas... ah... essas deixam cicatrizes; às vezes, profundas cicatrizes! E tudo nos ensina. Os anos, em seu passar, nos levam a errar, a aprender com os erros, a acertar, a cair, a levantar; a viver. As alegrias nos ensinam que apesar de todos os sofrimentos pelos quais passamos em toda a nossa existência, sempre há e haverá um motivo para sorrir. As tristezas nos ensinam que a vida não é uma festa, que jamais devemos viver " como se não houvesse amanhã ", porque há sempre um amanhã para vir e nem sempre ele é como gostaríamos que fosse. Não devemos viver como se estivéssemos em um campo de guerra, esperando o tempo todo pelo pior e tampouco devemos levar a vida como se todos os dias fossem iguais, porque não são. Sabemos que não podemos prever o futuro e tudo muda ou pode mudar em questão de instantes, para melhor

CONTRASTES... - Poema

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S e maltratam os teus pés, os teus belos saltos altos; Muito já foram maltratados, os meus pés descalços! Enquanto isso é por tua opção; A mim, foi o que me impôs, minha condição. Se vestires-te de chita, é celebração de festa junina; Eram de chita os meus trajes... desde menina! Se viveres em uma bela casa antiga, te faz sentir demodê... (démodé) Na minha infância era quase moda, o meu rancho de sapê! Enquanto te deprime um final de semana na roça; De lá eu pouco saía E na cidade logo se sabia, De onde eu vinha; Pois nela chegava de carroça. A tua dieta à base de ovo caipira... Lá eu já fazia, Era o que no campo, mais se comia. Não invejo a foto no porta retrato, abraçada à boneca tua... Pois eu também tenho uma... segurando nos braços a minha irmã caçula! Se te gabas de tua lareira... Cresci à beira de fogão a lenha, em volta de fogueira. Até parece desafio de repentista E olhe, nem sou piadista... Poderia ser o roteiro de um monólogo... Mas não sou nenhuma artista!... Apenas obse