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Você é... - Poema

Você é... A minha música!... O meu poema!... É também o meu dilema!... É a luz no meu fim de túnel!... O solo do meu abismo!... O horizonte que ainda avisto!... O meu motivo de riso... Quando mesmo em meio às lágrimas, No meu rosto surgem sorrisos. Você é um sonho!... O meu sonho! A alegria sem causa. Dos meus dias corridos, a pausa!... É o meu sol em dias nublados!... É por si só, um agrado!... A felicidade,  Que contradiz a minha realidade!... É tudo e mais um pouco!... É também o sufoco... Que por medo de perdê-lo... Desfale-me aos poucos... Que me impede a respiração, Aflige-me o coração! Você é!... A personificação do amor!... De um grande amor! Você é... O meu amor!!!...

PONTOS DE NÃO RETORNO... - Reflexão

Ponto de não retorno no que se refere à natureza, quer dizer que algo, que uma situação não pode mais ser revertida. Esse termo muito usado para se referir aos estragos causados pela ação do homem ao meio ambiente, pode nos servir também para os acontecimentos da vida. Para definir de maneira clara e simples, esse termo na realidade significa um fim sem nenhuma possibilidade de recomeço; findar... acabar... total impossibilidade de voltar a existir!... Em se tratando da vida, do que inevitavelmente enfrentamos no decorrer dela, os pontos de não retorno são tão, ou mais terríveis que os que acontecem à natureza; esses pontos de não retorno no meio ambiente, é uma geleira que se desprende, que se desfaz; uma terrível degradação do solo, que não mais pode se recompôr; a extinção de uma espécie animal ou vegetal; exemplos temos aos montes por aí!... Na vida, esses pontos de não retorno, não apenas podem ser, na realidade são (pois se trata dos inevitáveis de nossa existência): a morte de u

VOCÊ... - Poema

Se for para amar... Que seja você! Se for para ressentir... Que não seja com você! Se for para me jogar... Que seja em seus braços! Se for para me alegrar... Que seja com você! Se for para chorar... Que seja em seu colo! Se for para ter consolo... O que me serve é o seu! Se for para ficar ao relento... Que eu possa lhe contemplar sob a luz da lua. Se for para brigar... Que seja por você! Se suscitar uma gerra... Gerrearei em seu favor. Se eu me render... Será para lhe favorecer! Se eu vier a ceder, Ou a me exceder, O farei por você. Se os meus dias se alongarem... A vida só terá valido a pena, Se vivida ao seu lado. E... Quando tivermos que nos dar adeus... Que os últimos não sejam os meus!...

SINTO CIÚMES... - Poema

Sinto ciúmes... Da roupa que cobre o seu corpo, Da brisa que toca o seu rosto, Do cordão que envolve o seu pescoço! Sinto ciúmes... Da caixinha que guarda os seus segredos, Do anel que você traz no dedo, Até do que lhe causa algum medo!... Sinto ciúmes... Do agasalho que lhe aquece do frio, Do que lhe causa arrepio, Das águas que contempla no leito de um rio! Sinto ciúmes... Das unhas que cossam a sua pele; Do lenço que absorve o suor que você expele. Até do vento ou travesseiro, que lhe descabele! Sinto ciúmes... Da piada que lhe faz rir, Da cama que usa pra dormir, Do canto que gosta de ouvir, Do que quer que seja que faça seu olhar reluzir! Sinto ciúmes... Do que lhe toca o coração; Da música que você diz ser a sua canção, De quem, ou do que atrai a sua atenção! Sinto ciúmes... Da lâmina que raspa a sua barba, Das mãos que cortam os seus cabelos; De qualquer corpo que o seu abraço afaga, De tudo o que lhe desperte zelo!... Sinto ciúmes!...

VIDAS CORRIDAS... - Poema

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Vidas, Corridas... Quase sempre sofridas!... Transcorridas As vidas... Feito correntezas; Dando-nos vez ou outra, Boas surpresas!   Vidas, Corridas... Levadas Por águas Impetuosas!... Como que a galhos secos,  Levam-nos E a lugar nenhum. Ou a destinos não desejados! Somos levados... Como as águas a gravetos Em trajetorias e trajetos, Nem sempre dados por certos. Vidas... Vidas... Corridas, Nas quais o que mais temos de concreto, É o quanto o amanhã, é sempre incerto!...  

DE REPENTE... Poema

De repente... O que sobram, São apenas os sonhos, Não realizados! Projetos que não foi além... De idealizados. Ideiais para trás deixados. Aguardos frustrados!... De repente... Ao invés de muitos sonhos, Procura-se um sonho, Para dar sentido à vida. Às ansiedades reprimidas. Alguma expectativa ainda retida!... De repente... O muito que se sonhou, Parece provar que por tempos... Se embriagou. Que o muito sonhar, Parece uma mistura de altivez, Com embriaguez!... De repente... Parece que se acorda... De súbito!... E o ser sonhador que se foi... Lhe parece estúpido! A realidade se escancara E de cara, Arranca-lhe das nuvens, Que se apalpava. De repente... Os olhos outrora vibrantes... Com o vislumbrar do por vir; Ainda se encontram brilhantes... Com o lacrimejar do que não foi... Do que não veio E nem a de vir!...

COMO ESQUECER?!... - Poema

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Como esquecer?!... Como se nunca tivesse tido!... Como se nunca tivesse visto!... Como se nunca tivesse existido!... Como viver sem ter?!... O que se nasceu para viver!... Como forçar o coração... A algo que não se aceita, Que não tem explicação?!... Que desconhece... ignora a razão?!... Como seguir?!... Quando o que mais se quer... é voltar... ao antes!... De tudo!... Como convencer a si próprio... A aceitar o seu opróbrio?!... A sufocar... O que lhe oferece um fôlego de vida! Como não chorar esse choro?... E como encontrar consolo?... Como?! Como?! Como se o meu choro é mudo?!... Se o meu grito é mudo!... Se até o meu próprio ser, se faz de surdo!... Como?!... Como?!... Como?!...

BANDOLEIRO - Crônica Poética

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Morfeu! Morfeu!... Exclamou Romeu! E continuou: "sei que a gente se perdeu;" falando a Morfeu, seu amigo canino,  que era seu desde que era menino. E insistindo dizia:  Morfeu, Morfeu, sou eu,  seu amigo, venha comigo! Morfeu não o atendeu;  Romeu não entendeu. Perplexo com o abandono, questionava o amigo humano, tamanho desapego, tamanho desprezo! Mas, insistindo, falava ao amigo canino; suplicando e listando: — olhe os benefícios dos quais você desfruta ao viver comigo! Dei-lhe uma nova casinha, troquei sua caminha! E suas roupinhas?... E continuou o rapaz, que já era um homem: — Como você ficará sem sua ração predileta; os passeios dentro da cestinha da bicicleta? O vento soprando os seus pelos na janela do carro! Nossas brincadeiras no tapete do quarto! Mas Morfeu não se convenceu; Tampouco se compadeceu. O seu novo dono, simples e sereno; apenas o esperava se decidir. Romeu queria mais daquele moço; que se poupou de qualquer esforço. Então exclamou: - E tú Morfeu!? Morfe

OUTDOOR... - Conto (macroconto)

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Elôy e Rayna se conheceram e no mesmo instante se apaixonaram, viveram intensamente o que diziam ser o maior de todos os amores, daqueles que quem o assiste, jura que nunca vai acabar, que durará para sempre! E foi realmente assim, o amor jamais acabou, resistiu a tudo que precisou resistir, o que não impediu que Elôy e Rayna viessem a ser separados e se perdessem um do outro; se perderam na vida, no tempo; de tal modo que passaram a não ter notícia um do outro. Eles sofreram muito ao serem separados e o passar do tempo não amenizou aquele suplício, muito menos a intensidade daquele amor! Os responsáveis por separá-los, talvez não pensassem, não percebessem que aquele amor sobreviveria à distância, ao tempo; tampouco imaginavam que Elôy e Rayna mesmo distantes e depois de anos ainda se amassem tanto! O sofrimento de Rayna era cada vez mais intenso, pois o amava talvez ainda mais! Porém, à sua maneira... contida... inerte, amargando... o decorrer da vida!... Elôy, por bastante

A TODOS NÓS... - Crônica Filosófica

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A cidade está deserta; Mas em suas casas há festas; Está toda quieta; Em suas ruas ninguém se desponta, se desperta; Estão todos em seus cantos, Com seus encantos, Outros com seus prantos E são tantos!... Ela que é cheia de vida!... Toda viva!... Com suas tristezas Com certeza, Também com suas alegrias. Dentro dela, Uns se destacam Pelo seu luxo Outros, pelo seu lixo... Os do luxo... notáveis, super visíveis, Os do lixo... invisíveis; Uns se acham invensíveis, Outros se sentem vencidos. Uns juram ser melhores que os outros, Outros se consideram piores que uns e outros; Os que se julgam superiores, Parecem nem pertencer à mesma espécie Dos que se consideram inferiores; Se julgam, porém não são. Se formam e nascem, do mesmo jeito, Pelas mesmas vias. Praticamente aos mesmos males estão todos sujeitos; Sejam dotados de qualidades ou cheios de defeitos. Em tudo são iguais, basta irem ao banheiro E sentir um certo cheiro; Que feeiio?! É o que somos. E quando morremos... Podem até nos oferece